O palácio de Sargão II, rei da Assíria mencionado em Isaías 20:1, descoberto em 1843, por Paul Emile Botta, de cuja existência os
historiadores seculares duvidavam até essa descoberta;
historiadores seculares duvidavam até essa descoberta;
Usando o tijolo seco como bloco básico da construção, os mesopotâmicos planejaram cidades complexas ao redor do templo. Esses amplos complexos arquitetônicos incluíam não só um santuário fechado, mas também oficinas, armazéns e zonas residenciais. Pela primeira vez a vida era regularizada, com divisão do trabalho e ações coletivas, como a defesa e os projetos de obras públicas.
O palácio de Sargão II, dominando Nínive, cobria mais de cem quilômetros quadrados, continha mais de duzentos aposentos e jardins, uma bela sala do trono, haréns, áreas de serviço e da guarda. Situado num outeiro artificial de 15 metros de altura, o palácio ocupava cerca de 1.600 metros quadrados da cidade. Seu ponto mais alto era um zigurate(torre em forma de pirâmide), um grande templo de tijolos de sete andares de seis metros de altura cada um, e cada um pintado de uma cor diferente. A imensa altura dos zigurates refletia a crença de que os deuses habitavam as alturas. Foi destruído por volta de 600 a. C.
Sargão da Acádia, também conhecido como Sargão, o Grande (em acádio: Šarru-kinu, cuneiforme ŠAR.RU.KI.IN, "o verdadeiro rei" ou "o rei é legítimo"), foi um imperador acádio célebre por sua conquista das cidades-estado sumérias nos séculos XXIV e XXIII a.C. Fundador da dinastia de Acade, Sargão reinou por 56 anos, de 2270 a 2215 a.C. (cronologia curta). Tornou-se um membro proeminente da corte real de Kish, acabando por derrubar o rei local antes de partir para a conquista daMesopotâmia. O vasto império de Sargão teria se estendido de Elam ao mar Mediterrâneo, incluindo toda a Mesopotâmia, partes dos atuais Irã e Síria, e possivelmente partes da Anatólia e da península Arábica. Governou a partir de uma nova capital,Acádia (Akkad), que a lista de reis sumérios alega ter sido construída por ele (ou possivelmente reformada), situada na margem esquerda do Eufrates. Sargão é o primeiro indivíduo registrado na história a ter criado um império multiétnico governado a partir de um centro, e a sua dinastia governou a Mesopotâmia por cerca de um século e meio.
Origens e ascensão ao poder
A história do nascimento e da infância de Sargão é listado na "lenda de Sargão", um texto sumério que alega ser a biografia do monarca. As versões mais antigas estão incompletas, porém os fragmentos restantes dão o nome de seu pai como La'ibum. Depois de uma lacuna, o texto pula para Ur-Zababa, rei de Kish, que acorda depois de um sonho, cujo conteúdo não é revelado na parte restante das tabuletas que contêm o texto. Por motivos desconhecidos, Ur-Zababa indica Sargão como seu serviçal. Pouco tempo depois, Ur-Zababa convida Sargão aos seus aposentos, para discutir um sonho que este havia tido, que envolvia o favor da deusa Inanna e o afogamento de Ur-Zababa pela deusa. Profundamente assustado, Ur-Zababa ordena que Sargão seja assassinado pelas mãos de Beliš-tikal, o ferreiro-mor, porém Inanna consegue impedir, exigindo que Sargão pare diante de seus portões por estar "poluído com sangue". Quando Sargão retorna a Ur-Zababa, o rei se assusta novamente, e decide enviar Sargão ao rei Lugal-zage-si, de Uruk, com uma mensagem numa tabuleta de argila, pedindo-lhe que matasse Sargão. O relato da lenda é interrompido neste ponto; presumivelmente as seções que faltam indicariam como Sargão se tornou rei.
A Lista de Reis Sumérios relata: "Em Agade [Acádia], Sargão, cujo pai era um jardineiro, o copeiro de Ur-Zababa, se tornou rei, o rei de Agade, que construiu Agade; ele governou por 56 anos." A alegação de que Sargão teria sido o fundador original de Acade foi questionada recentemente, com a descoberta de uma inscrição que menciona o local, datada do primeiro ano de Enshakushanna, que quase seguramente o precedeu. Esta alegação da Lista de Reis foi a base para a escpeculação anterior, feita por diversos acadêmicos, de que Sargão teria sido a inspiração para a figura bíblica de Nimrod. A Crônica de Weidner afirma que Sargão teria construído Babilônia "diante de Acade". A Crônica dos Reis Antigos afirma igualmente que, no fim de seu reinado, Sargão "escavou o solo do poço de Babilônia, e fez uma equivalente de Babilônia próxima a Agade." Recentemente, alguns estudiosos afirmaram que estas fontes poderiam estar se referindo a Sargão II, do Império Neo-Assírio, e não a Sargão da Acádia.
Um texto neo-assírio do século VII a.C., que alega ser a autobiografia de Sargão, afirma que o grande rei seria o filho ilegítimo de uma sacerdotisa. No relato neo-assírio o nascimento e a infância de Sargão são descritos:
“ | Minha mãe foi uma alta sacerdotisa, meu pai eu não conheci. Os irmãos de meus pais amavam as montanhas. Minha cidade é Azupiranu, que se situa às margens do Eufrates. Minha mãe, alta sacerdotisa, me concebeu, em segredo me pariu. Colocou-me numa cesta de juncos, e selou-o com betúmen. Colocou-me no rio, que se elevou sobre mim, e me carregou a Akki, o carregador de água. Akki, o carregador de água, me aceitou como seu filho e me criou. Akki, o carregador de água, me nomeou como seu jardineiro. Enquanto eu era um jardineiro, Ishtar me concedeu seu amor, e por quatro e [...] anos eu exerci o reinado. | ” |
A imagem de Sargão como um indesejado sendo colocado para flutuar num rio lembra a narrativa mais conhecida do nascimento de Moisés. Estudiosos como Joseph Campbell e Otto Rank compararam o relato de Sargão, do século VII, com os nascimentos obscuros de outras figuras heróicas da história e da mitologia, como Karna, Édipo, Páris, Télefo, Semíramis, Perseu, Rômulo, Gilgamesh, Ciro, Jesus, e outros.
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