Selo de Baruque:
O profeta Jeremias durante os últimos anos do reino de Judá, profetizou o exílio e o retorno dos judeus, eles teriam que aceitar o jugo de Babilônia e não resistir. Ele foi encarcerado, ameaçado de morte e posto como falso profeta e traidor. Jeremias, nomeou Baruque, o filho de Nérias, seu escriturário.
Em 1975 foram descobertos numa loja de antiguidades em Jerusalém alguns pedaços de barro impressionados com um selo. Dentro desta coleção há duas peças que acredita-se ter pertencido a Baruque. Nas três linhas lê-se: " Berekhyauhuh, o filho de Neriyauhuh, o escriturário. " esta em exibição no Museu de Israel em Jerusalém
Baruc ou Baruque ou Baruk ben Neriá é um personagem bíblico, sendo também o nome de um dos livros deuterocanônicos do Antigo Testamento da Bíblia cuja autoria é atribuída ao próprio Baruque, que não era um simples escriba, mas um sofer, um alto funcionário da administração babilônica na Judéia.
Baruque teria sido um homem erudito e de família nobre, que foi secretário de Jeremias durante o Exílio na Babilônia do povo israelita na Babilônia.
Filho de Nerias, irmão de Seraías, amigo e secretário do profeta Jeremias (Jr 36:4 ss). Era homem erudito, de nobre família (Jr 51:59 ss), tendo servido fielmente ao profeta. Pelas instruções de Jeremias, escreveu Baruque as profecias daquele profeta, comunicando-as aos príncipes e governadores. E um destes foi acusar de traição o escrevente e o profeta Jeremias, mostrando ao rei, como prova das suas afirmações, os escritos, de que tinham conseguido lançar mão. Quando o rei leu os documentos, foi grande o seu furor. Mandou que fossem presos os dois, mas eles escaparam. Depois da conquista de Jerusalém pelos babilônios (586 a.C.), foi Jeremias bem tratado pelo rei Nabucodonosor - e Baruque foi acusado de exercer influência sobre Jeremias a fim de não fugirem para o Egito (Jr 43:3). Mas, por fim, foram ambos compelidos a ir para ali com a parte remanescente de Judá (Jr 43:6). Durante o seu encarceramento deu Jeremias a Baruque o título de propriedade daquela herdade que tinha sido comprada a Hanameel (Jr 32:8-12).
O Livro de Baruc
A obra possui seis capítulos, sendo que a autoria dos cinco primeiros é tradicionalmente atribuída à Baruc, enquanto que a autoria do sexto é atribuída a Jeremias.
A obra tem por objetivo mostrar como era a vida religiosa daquele povo, seus cultos e tem o mérito de conservar o sentimento religioso dos israelitas dispersos pelo mundo todo após a ruína de Jerusalém e a perda de quase todas as suas instituições. Mostra como eles conservaram viva a consciência de ser um povo adorador do verdadeiro Deus. Ao mesmo tempo, mostra a consciência que tinham do desastre nacional: não atribuem tudo isso à infidelidade de Javé; ao contrário, reconhecem que os males se originaram por culpa deles próprios: estão assim porque desprezaram a palavra dos profetas, rejeitaram a justiça e a verdadeira sabedoria. Mas, ao lado dessa consciência de seus pecados, conservam uma viva esperança, pois acreditam que Deus não abandona o seu povo e continua fiel às promessas. Se houver arrependimento e conversão, poderão confiar no perdão divino: serão reunidos de novo em Jerusalém, que é para sempre a cidade de Deus.
A carta do capítulo sexto é uma carta que nos leva aos templos pagãos, cujos ídolos estão empoeirados e carcomidos de cupim. Esses ídolos, apresentados de forma atraente e grandiosa, não têm vida, nem são capazes de produzir vida: "Não podem salvar ninguém da morte e nem podem livrar o fraco da mão do poderoso. Não são capazes de devolver a vista ao cego nem de livrar um homem do perigo; não têm compaixão pela viúva nem prestam qualquer ajuda ao órfão. Esses deuses de madeira prateada ou dourada parecem pedras tiradas do morro: quem se ocupa deles só vai passar vergonha. Como, então, pensar ou dizer que são deuses?" (Br 6:35-39)
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